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da plantas medicinais

Espinheira santa

Nome Botânico:
Maytenus ilicifolia
Nomes Comuns:
Cancerosa. cancorosa, congorça, erva-cancerosa, espinheira-divina, espinho-de-deus, maiteno, salva-vidas, sombra-de-touro
Famíila:
Celastraceae
Origem:
Brasil
Partes Utilizadas:
Folhas

Usos tradicionais e atuais:
Utilizada para o tratamento e prevenção de úlcera gástrica e duodenal, apresenta efeito anticarcinogênico, anti-inflamatório da mucosa, antisséptico e cicatrizante, apresenta efeito  protetor da mucosa gástrica (aumenta a barreira de mucosa no estômago) e diminui a secreção de ácido clorídrico (resultado semelhante à da cimetidina). Útil em má digestão, digestão lenta, azia, distensão abdominal e flatulência. É carminativa, colagoga, eupéptica levemente diurética e laxativa. Efetiva contra Helicobacter pylori. Pode ser utilizada também para esofagite de refluxo e hernia de hiato. 
Os índios utilizavam a planta para o tratamento de tumores, sendo a origem no nome cancerosa.

Formas de utilização:
Tintura: 10 a 20 ml divididos em 3 doses diárias.
Infusão: 3g da erva seca ou 1 colher de sopa para 1 xícara de água 3x ao dia. Tomar 1 hora antes das refeições. Tempo de tratamento proposto em torno de 28 dias.
Cataplasma (uso externo): uso das folhas no câncer de pele, acne, espinhas, cicatrização de feridas.

ADVERTÊNCIAS:
Não utilizar na gestação, amamentação e por crianças menores de 6 anos. Pode haver interação medicamentosa com antibióticos e barbitúricos. Em casos observados apresentam sintomas como: boca seca e gosto estranho na boca.

Bibliografia consultada:
Índice Terapêutico Fitoterápico: ITF. Petrópolis: EPUB, 2013.
Plantas Medicinais. Cartilha SUS-Campinas. Botica da Família, 2018.
Filho, S. F. Plantas Terapêuticas. São Paulo: Andrei, 2004.
Saad, G. A. Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2021.